Todos os anos o Brasil perde pelo menos quinhentos milhões de toneladas de terra pela erosão. Boa parte dessa perda poderia ser evitada pela utilização de manejo adequado dos solos. As práticas de conservação do solo, além de evitarem a erosão, mantêm a qualidade da terra, que permanece produtiva. A distribuição racional dos caminhos em uma propriedade e o terraceamento, por exemplo, reduzem a velocidade de escoamento da água, diminuindo o poder de enxurradas e aumentando a infiltração de água no solo. A plantação de quebra ventos reduz o impacto da erosão eólica. Outras ações ainda mais simples, como revolver o mínimo possível o solo e deixar a matéria orgânica sobre o solo, ao invés de queimá-la, também são bastante efetivas e fáceis de serem implantadas.
A conservação do solo é um dos princípios da agroecologia. Solos degradados exigem o uso intensivo de fertilizantes e, mesmo assim, podem não suprir as necessidades fisiológicas das plantas, o que muitas vezes resulta num uso intensivo de agrotóxicos. Com um bom manejo do solo, que conserva a fertilidade, a utilização desse tipo de insumo pode ser grandemente reduzida ou até mesmo evitada.
Literatura Consultada:
- Bertoni, J. & Lombardi Neto, F. Conservação do solo. 4. ed., Ícone, 1999.
- EHLERS, E.Agricultura Sustentável: origens e perspectivas de um novo paradigma. SP: Livros da Terra, 1996
Leituras Sugeridas:
-Embrapa Solos < http://www.cnps.embrapa.br/index.html>